26/09/2020 Undime TO
Há meses se discute sobre como será a retomada das aulas presenciais de forma segura para todos: crianças, servidores, professores e a família de todos. Está claro que essa retomada só poderá ocorrer quando as autoridades sanitárias de cada município sinalizarem que o contágio por coronavírus se dá em níveis que permitam esse movimento sem risco à vida. Não há ainda no horizonte, no entanto, o cenário de extinção do risco de contágio. A saída é a adoção de protocolos sanitários que permitam o retorno gradativo das crianças às escolas.
Com a ajuda de diversos setores, protocolos foram construídos para o retorno seguro. A pergunta que se coloca é qual o custo dessa retomada e, tão importante quanto saber o valor, é entender quem pagará essa conta. "Esses são dados fundamentais para que os municípios possam se planejar para garantir que todas as unidades de educação infantil estejam devidamente preparadas para a retomada segura das aulas", afirma Eduardo Marino, diretor de Conhecimento Aplicado da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal. "Não estamos falando de um investimento trivial, nem do ponto de vista do valor, nem do ponto de vista da execução. É preciso que os municípios se preparem. Os insumos previstos para a estruturação dos custos obedecem o padrão ideal - que inclui testagem, contratações, além dos insumos de segurança, mas algumas adaptações podem ser feitas, sempre com orientação das autoridades sanitárias do município", diz ele.
Reorganização das rotinas, uso de termômetros, álcool gel, máscaras, luvas, material extra de limpeza e sinalizações sobre onde ficar, por onde caminhar, como manusear alimentos, como lavar as mãos. O atendimento a cada uma das normas do protocolo requer algum tipo de insumo, por mais simples que seja, e o distanciamento físico requer a divisão de turmas e o aumento do número de professores.
A análise feita pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), a pedido da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal e com apoio da Undime (União dos Dirigentes Municipais de Educação), revela os custos financeiros para a reabertura das creches e pré-escolas dentro dos parâmetros de segurança sanitária. Juntamente com o estudo, a equipe de pesquisa preparou uma ferramenta de cálculo que possibilitará a cada rede estimar o custo da retomada com base em seus próprios dados, obtendo, dessa forma, uma informação mais próxima à realidade de seu município. Escolas da rede particular também podem se beneficiar da ferramenta para o cálculo dos gastos com os insumos para o atendimento do protocolo sanitário.
"A Undime tem priorizado o direito e a proteção à vida, assim como a garantia do direito ao processo de aprendizagem e uma coisa depende da outra. Esse material, agregado a todos os outros, é que vai dar a tônica de quando é possível retornar as aulas na educação infantil, fundamental, médio e até superior. Defendemos que o processo de retorno se dê dos maiores para os menores para termos o controle das interações entre as crianças e educadores", destaca o presidente da Undime, Luiz Miguel Martins Garcia, Dirigente Municipal de Educação de Sud Mennucci (SP).
O estudo e a planilha trazem cinco cenários de funcionamento, seguindo as orientações do protocolo de retomada elaborado pelos especialistas da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal. Os custos variam de acordo com o cenário.
Esses são valores que consideram a volta de crianças a partir de um ano de idade. Por uma série de razões, entre elas a maturidade do sistema imunológico do bebê, a Fundação defende que bebês de menos de 1 ano não devem retornar antes de haver vacina para todos. Mais detalhes sobre essa recomendação, assim como todos os prós e contras de cada um dos cenários propostos podem ser encontrados no documento de retomada das aulas e no estudo abaixo.
É importante ressaltar que os valores indicados contemplam apenas os insumos extras necessários para prover os EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), sinalização, material de limpeza e a contratação temporária de 20% do quadro de professores e/ou funcionários da unidade. Esses seriam, então, custos extras ao funcionamento regular da escola. Gastos com alimentação, segurança e folha de pagamento dos professores regulares não estão contemplados nesse cálculo.
Clique aqui e acesse o estudo "Custo da reabertura de creches e pré-escolas públicas no contexto da Covid-19".
Faça o download da planilha inteligente e veja também um tutorial que explica como usar essa ferramenta
Confira também a videoconferência de lançamento do estudo:
Fonte: Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal com adaptações/Foto: Arquivo, Agência Brasil
Há meses se discute sobre como será a retomada das aulas presenciais de forma segura para todos: crianças, servidores, professores e a família de todos. Está claro que essa retomada só poderá ocorrer quando as autoridades sanitárias de cada município sinalizarem que o contágio por coronavírus se dá em níveis que permitam esse movimento sem risco à vida. Não há ainda no horizonte, no entanto, o cenário de extinção do risco de contágio. A saída é a adoção de protocolos sanitários que permitam o retorno gradativo das crianças às escolas. Com a ajuda de diversos setores, protocolos foram construídos para o retorno seguro. A pergunta que se coloca é qual o custo dessa retomada e, tão importante quanto saber o valor, é entender quem pagará essa conta. "Esses são dados fundamentais para que os municípios possam se planejar para garantir que todas as unidades de educação infantil estejam devidamente preparadas para a retomada segura das aulas", afirma Eduardo Marino, diretor de Conhecimento Aplicado da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal. "Não estamos falando de um investimento trivial, nem do ponto de vista do valor, nem do ponto de vista da execução. É preciso que os municípios se preparem. Os insumos previstos para a estruturação dos custos obedecem o padrão ideal - que inclui testagem, contratações, além dos insumos de segurança, mas algumas adaptações podem ser feitas, sempre com orientação das autoridades sanitárias do município", diz ele. Reorganização das rotinas, uso de termômetros, álcool gel, máscaras, luvas, material extra de limpeza e sinalizações sobre onde ficar, por onde caminhar, como manusear alimentos, como lavar as mãos. O atendimento a cada uma das normas do protocolo requer algum tipo de insumo, por mais simples que seja, e o distanciamento físico requer a divisão de turmas e o aumento do número de professores. A análise feita pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), a pedido da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal e com apoio da Undime (União dos Dirigentes Municipais de Educação), revela os custos financeiros para a reabertura das creches e pré-escolas dentro dos parâmetros de segurança sanitária. Juntamente com o estudo, a equipe de pesquisa preparou uma ferramenta de cálculo que possibilitará a cada rede estimar o custo da retomada com base em seus próprios dados, obtendo, dessa forma, uma informação mais próxima à realidade de seu município. Escolas da rede particular também podem se beneficiar da ferramenta para o cálculo dos gastos com os insumos para o atendimento do protocolo sanitário. "A Undime tem priorizado o direito e a proteção à vida, assim como a garantia do direito ao processo de aprendizagem e uma coisa depende da outra. Esse material, agregado a todos os outros, é que vai dar a tônica de quando é possível retornar as aulas na educação infantil, fundamental, médio e até superior. Defendemos que o processo de retorno se dê dos maiores para os menores para termos o controle das interações entre as crianças e educadores", destaca o presidente da Undime, Luiz Miguel Martins Garcia, Dirigente Municipal de Educação de Sud Mennucci (SP). O estudo e a planilha trazem cinco cenários de funcionamento, seguindo as orientações do protocolo de retomada elaborado pelos especialistas da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal. Os custos variam de acordo com o cenário. Esses são valores que consideram a volta de crianças a partir de um ano de idade. Por uma série de razões, entre elas a maturidade do sistema imunológico do bebê, a Fundação defende que bebês de menos de 1 ano não devem retornar antes de haver vacina para todos. Mais detalhes sobre essa recomendação, assim como todos os prós e contras de cada um dos cenários propostos podem ser encontrados no documento de retomada das aulas e no estudo abaixo. É importante ressaltar que os valores indicados contemplam apenas os insumos extras necessários para prover os EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), sinalização, material de limpeza e a contratação temporária de 20% do quadro de professores e/ou funcionários da unidade. Esses seriam, então, custos extras ao funcionamento regular da escola. Gastos com alimentação, segurança e folha de pagamento dos professores regulares não estão contemplados nesse cálculo. Clique aqui e acesse o estudo "Custo da reabertura de creches e pré-escolas públicas no contexto da Covid-19". Faça o download da planilha inteligente e veja também um tutorial que explica como usar essa ferramenta Confira também a videoconferência de lançamento do estudo: Fonte: Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal com adaptações/Foto: Arquivo, Agência Brasil https://bit.ly/2RVx7GF